terça-feira, 10 de abril de 2012

A vocês agentes de saúde fiquem atentos na ''Semana de mobilização para atualizar cartão de vacina da família''.



O dia “D” da Semana Mundial de Imunizações é 14 de abril, próximo sábado, mas as famílias terão uma semana inteira para nos postos de saúde  atualizarem os cartões de vacinas. A mobilização da Secretaria da Saúde do Estado e das secretarias municipais de saúde, desencadeada pelo Ministério da Saúde, vai até o dia 27 deste mês, com o slogan “Por mim, por você, vacine-se!”. A ideia é atrair para os postos de vacinação toda a família, incluindo crianças, jovens e adultos. Assim, deixar os cartões de vacinação atualizados e a família toda protegida contra diferentes doenças.

Na maioria das vacinas, o Ceará atinge coberturas vacinais superiores as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. A BCG, que protege contra a tuberculose, em 2011 alcançou cobertura de 101,97% enquanto a meta era de 95%. No caso da tríplice viral (difteria, tétato e coqueluche) a cobertura é ainda maior: 107,38%. Esse índice supera a meta de 95%. Contra a paralisia infantil, o Ceará chegou a vacinar 96,99% no ano passado, ultrapassando a meta de 95% de imunização em crianças com até cinco anos.

Entre as vacinas que precisam ser reforçadas na semana de mobilização para elevar a cobertura, estão a vacina contra hepatite B. Na faixa etária de jovens entre 20 e 24 anos de idade a cobertura vacinal em 2011 ficou em 40%, abaixo da meta de 95%. Os jovens são um dos públicos alvos da semana de mobilização. Ainda não têm o hábito de ir aos postos para proteger à saúde através de vacinas. Durante a semana de 14 a 27 terão a oportunidade de  serem vacinados contra difteria e tétano, além da hepatite B e outras doenças. 


NÃO DEIXE DE COMPARECER A UNIDADE DE SAÚDE MAS PRÓXIMA DE SUA CASA.LEMBRE QUE A PREVENÇÃO  É O MELHOR CAMINHO PARA TERMOS SAÚDE.




Hepatite B
A hepatite B é uma doença transmitida pelo vírus VHB, que tem predileção por infectar os hepatócitos, as células do fígado. Essas células podem ser agredidas pelo VHB diretamente, ou pelas células do sistema de defesa que, empenhadas em combater a infecção, acabam causando um processo inflamatório crônico.
O vírus da hepatite B pode sobreviver ativo no ambiente externo por vários dias. O período de incubação dura, em média, de um a quatro meses. Uma pessoa infectada por ele pode desenvolver as seguintes formas da doença: hepatite aguda, hepatite crônica (ou ambas) e hepatite fulminante, uma forma rara da doença que pode ser fatal.
Transmissão do VHB
O vírus da hepatite B está presente no sangue, na saliva, no sêmen e nas secreções vaginais da pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer por via perinatal, isto é, da mãe para o feto na gravidez, durante e após o parto; por via horizontal, através de pequenos ferimentos na pele e nas mucosas; pelo uso de drogas injetáveis e por transfusões de sangue (risco que praticamente desapareceu desde que o sangue dos doadores passou a ser rotineiramente analisado).
As relações sexuais constituem outra via importante de transmissão da hepatite B, considerada uma doença sexualmente transmissível (DST), porque o vírus atinge concentrações altas nas secreções sexuais.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base nos exames físico e de sangue para determinar o valor das transaminases (aminotransferases, segundo a nova nomenclatura médica), e a presença de antígenos do vírus na detecção do DNA viral. Em alguns casos, pode ser necessário realizar biópsia de fígado.
Sintomas
De modo geral, os principais sintomas da infecção aguda pelo vírus VHB são semelhantes aos da hepatite A: náuseas, vômitos, mal-estar, febre, fadiga, perda de apetite, dores abdominais, urina escura, fezes claras, icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas).
A hepatite aguda pode passar despercebida, porque a doença ou é assintomática, ou os sintomas não chamam a atenção. Outra particularidade é que a maioria dos pacientes elimina o vírus e evolui para a cura definitiva. Em menos de 5% dos casos, porém, o VHB persiste no organismo e a doença torna-se crônica.
A hepatite B crônica também pode evoluir sem apresentar sintomas que chamem a atenção durante muitos anos. Isso não indica que parte dos infectados possa desenvolver cirrose hepática e câncer de fígado no futuro.  Na maioria das vezes, porém, quando os pacientes procuram o médico, já há sinais de insuficiência hepática crônica: icterícia, aumento do baço, acúmulo de líquido na cavidade abdominal (ascite), distúrbios de atenção e de comportamento (encefalopatia hepática). A evolução dessa forma da doença depende de fatores, como a replicação do vírus, a resposta imunológica, o consumo de álcool e a eventual infecção por outros vírus.
Prevenção
A maneira mais segura e eficaz de prevenir a infecção pelo VHB é tomar as três doses da vacina contra a hepatite B, assim distribuídas: a segunda 30 dias depois da primeira e a terceira, seis meses depois da primeira.
Devem receber essa vacina: recém-nascidos, crianças que não foram vacinadas ao nascer, pessoas com vida sexual ativa, aquelas que convivem com pacientes com a enfermidade ou necessitam de transfusões de sangue com frequencia, as submetidas à hemodiálise. Também devem ser vacinados os usuários de drogas injetáveis, os profissionais na área de saúde, os doadores de órgãos sólidos e de medula óssea, policiais, manicures, podólogos, portadores de HIV e de imunodeficiências, vítimas de abuso sexual, a população indígena, entre outros grupos.
Tratamento
Na maioria dos casos, o tratamento da hepatite B aguda tem como objetivo aliviar os sintomas e afastar o risco de complicações. Nessa fase, não há consenso sobre a indicação de medicamentos antivirais. Também, ao contrário do que se preconizava no passado, o paciente não precisa permanecer em repouso, mas deve moderar a atividade física.
Nem todos os portadores de hepatite B crônica com diagnóstico recente precisam de tratamento imediato. Quando ele se faz necessário, existem remédios que inibem a replicação do vírus e atuam no controle da resposta inflamatória.
Recomendações
*Saiba que a hepatite B crônica é uma doença que exige cuidados, porque pode evoluir para cirrose hepática e câncer de fígado (carcinoma hepatocelular);
*Vale a pena consultar um médico sobre a importância de tomar a vacina contra hepatite B, mesmo que você não pertença aos grupos de risco.  Essa vacina protege também contra a infecção pelo vírus da hepatite D, que só se manifesta quando ocorre dupla infecção;
*Informe-se sobre a distribuição gratuita da vacina contra a hepatite B pelo sistema público de saúde.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

T Dutra Alves

Um blog com objetivo informar ao trabalhador agente de saúde e endemias e a sociedade com dicas de saúde e projetos sociais.